Marias, Anas e Mariana: com seleção formada por xarás, Mato Grosso do Sul busca título da Primeira Divisão sub-17 do CBS
21/03/2022
Quem acompanhar as partidas da seleção de Mato Grosso do Sul na Primeira Divisão sub-17 feminina do Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS), a partir desta terça-feira (22.03), pode ficar um pouco confuso. Das 12 atletas inscritas na competição, que acontece no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), sete se chamam Ana ou Maria – e ainda tem uma Mariana no elenco! Para os adversários, pode ser um problema, mas para as jogadoras e para o técnico Samir Dalleh, a proliferação de xarás faz parte da rotina e virou motivo de brincadeira.
“Não deixa de ser engraçado. Muitas Marias e muitas Anas, era difícil decorar os nomes. O técnico chamava uma e todas olhavam. Isso virou até piada entre a gente. Toda jogadora que chegava para a seletiva da seleção já chamávamos de Maria ou de Ana. Neste CBS, pensamos em pódio, sabemos da nossa capacidade. Também estamos na expectativa da experiência em si, viajarmos todos juntas, disputar a competição, conhecer o CDV. Tudo isso faz parte deste momento”, diz Maria Helena, de 14 anos, uma das ponteiras da equipe, e uma das três Marias do time, ao lado das ponteiras Maria Clara e Maria Fernanda.
Ter tantas Marias e Anas no elenco pode parecer um tanto estranho, no entanto as estatísticas mostram as razões da coincidência. Segundo o último censo de 2010, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maria é o nome mais comum no Brasil, enquanto Ana ocupa a terceira posição. No Mato Grosso do Sul, são 35 mil Anas e mais de 100 mil Marias.
“É muito engraçado às vezes, pois nosso treinador até confunde. A gente tenta resolver isso com apelidos como Aninha, Bia, Ana Bia, Mafê e por aí vai. Assim nos entendemos. Não vejo a hora de entrar em quadra, quero que nossa equipe mostre o melhor, cada atleta tenha seu próprio reconhecimento”, diz Ana Beatriz, ou Ana Bia, de 15 anos, líbero e capitã do time sul-mato-grossense. A equipe ainda conta com a oposta Ana Beatriz Francelino e as centrais Ana Clara e Ana Beatriz. A ponteira Mariana Aquino completa a lista de “xarás”.
Samir Dalleh, treinador da equipe de Mato Grosso do Sul, já se acostumou com a situação inusitada.
“Nos viramos com apelidos e sobrenomes. Realmente é uma situação inusitada, mas nos divertimos com isso. Tivemos tempo de nos preparar, estamos treinando há seis meses já. O time é bem entrosado, já que 10 das 12 atletas vêm do mesmo projeto social, o Campo Grande Vôlei”, diz Samir.
A equipe de Mato Grosso do Sul estreia na competição às 8h desta terça-feira pelo grupo A da competição, que conta ainda com Rio Grande do Norte, Alagoas, Goiás e Pará. No grupo B estão Mato Grosso, Espírito Santo, Amazonas, Roraima e Tocantins. Na fase classificatória, as seleções jogam entre si nos grupos em partidas de três sets obrigatórios. Os dois primeiros de cada lado avançam para as semifinais, os duelos decisivos serão disputados em melhor de cinco sets. Os três primeiros colocados sobem para a Divisão Especial na próxima temporada, já os times classificados da oitava à décima posições disputam a Segunda Divisão em 2023.
Tabela de Jogos Primeira Divisão sub-17 feminina
Amazonas é o campeão da Primeira Divisão sub-18 masculina
Na Primeira Divisão sub-18 masculina do Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS), melhor para a seleção do Amazonas. No sábado (19.03), a equipe do Norte do país venceu o Espírito Santo na final por 3 sets a 1 (25/14, 19/25, 27/25 e 25/23) para conquistar o título.
"Fizemos uma ótima campanha, sendo campeões de forma invicta. Fizemos alguns jogos tranquilos e outros muito equilibrados, em que os meninos se superaram nos momentos mais difíceis. Os meninos foram guerreiros e se superaram nos momentos mais difíceis buscando um set na final que estávamos perdendo de 18 a 8", afirmou o técnico Harlei Barroncas.
Além da atuação do ponteiro Fabio Cesar, o treinador também destacou a atitude do time como fundamental para o título: "A equipe teve ótimo comportamento em todos os sentidos, descansando quando tinham que descansar, se dedicando para estudar os adversários. Tiveram muita personalidade e, com tudo que fizemos, só poderia dar nesse resultado muito importante para o vôlei amazonense"
A medalha de bronze ficou com Roraima, que que superou o Distrito Federal por 3 sets a 0 (25/16, 25/23 e 25/15). Alagoas, Rio Grande do Norte e Piauí, que ficaram nas últimas três posições do torneio, disputarão a Segunda Divisão da categoria em 2023.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º Amazonas
2º Espírito Santo
3º Roraima
4º Distrito Federal
5º Mato Grosso
6º Ceará
7º Bahia
8º Alagoas
9º Rio Grande do Norte
10º Piauí
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