A dois meses dos Jogos, duplas masculinas seguem caminhos distintos até Tóquio
23/05/2021
Faltando dois meses para o início das Olimpíadas de Tóquio, as duplas que representarão o Brasil no torneio masculino de vôlei de praia no Japão estão com foco total na preparação para os Jogos. Mas, em um ciclo olímpico muito diferente por causa da pandemia da COVID-19, cada uma seguirá um caminho próprio até a disputa na arena montada no parque Shiokaze, na capital japonesa.
Neste sábado (22.05), Alison e Álvaro Filho embarcaram para a Rússia, onde jogarão pelo Circuito Mundial em Sochi, entre 26 e 30 de maio. Na sequência, Ostrava, na República Tcheca, recebe mais uma etapa da competição internacional, de 2 a 6 de junho.
“Estamos treinando forte, mantendo a nossa rotina de preparação, seguindo todos os protocolos de segurança por causa da pandemia. Este foi um ciclo bem diferente para mim em vários sentidos: pandemia, adiamento dos Jogos, um novo parceiro, uma corrida olímpica complicada, tive COVID, minha filha nasceu... Estamos crescendo, evoluindo como dupla, a sequência de etapas no México fez com que nosso time subisse mais um degrau na preparação, e seguimos trabalhando muito para os próximos torneios, que são estágios importantes para chegarmos bem em Tóquio. Temos uma dupla equilibrada e muita sintonia como time, além de um compromisso como equipe. Nós, nosso time todo, estamos abdicando de muita coisa para que possamos fazer o nosso melhor no Japão. Todo atleta precisa fazer sacrifícios para alcançar os seus objetivos, estamos nos dedicando ao máximo, focados e unidos pensando nas Olimpíadas”, afirmou o campeão olímpico Alison.
Se disputar os Jogos Olímpicos não fosse motivação suficiente, a dupla vive outro momento especial fora de quadra. Álvaro foi pai de Dom em outubro de 2020, e Catarina, filha de Alison, nasceu em fevereiro deste ano.
“Tanto eu quanto o Álvaro fomos pais, eu da Catarina, ele do Dom, e isso trouxe emoção, alegria e uma responsabilidade ainda maior para a gente. Somos pais agora e ganhamos torcedores muito especiais nesse período tão difícil, que trouxeram sentidos diferentes para as nossas vidas e carreiras”, destacou Alison.
A outra dupla olímpica brasileira não participará das etapas de Sochi e Ostrava. Com Bruno Schmidt buscando melhorar a forma física após se recuperar da internação por COVID-19 em fevereiro, ele e Evandro vão intensificar os treinamentos no Brasil, com direito a dois períodos de treinos no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), de 24 a 28 de maio e 7 a 11 de junho.
“A intenção de ter ido para Cancún era justamente averiguar minha situação atlética. E a gente diagnosticou alguns problemas que estamos atacando diretamente. Obviamente, pela minha situação de ter ficado bem debilitado por conta da COVID, prejudicou bastante minha parte física. Então estamos tentando contornar esse problema. Acho que competir sem uma parte física adequada não é vantajoso. Pode até ser perigoso, eu me lesionar e ficar fora dos Jogos. Como temos os Jogos Olímpicos, o objetivo realmente agora é lá, é a preparação para os Jogos. Se estivéssemos em uma temporada normal, até tentaria jogar as próximas etapas do Circuito Mundial. Mas, pensando única e exclusivamente nos Jogos, a situação é essa: tentar recuperar tudo que perdi tendo ficado internado pela COVID para chegar com a melhor preparação possível lá”, explicou Bruno.
Até os Jogos Olímpicos, ainda há a previsão de disputa da etapa do Circuito Mundial em Gstaad, na Suíça, de 6 a 11 de julho, além da nona etapa do Circuito Brasileiro e do SuperPraia, que ainda terão as datas e locais divulgados pela CBV.
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