Weber volta ao Brasil para liderar EMS Taubaté Funvic na busca por conquistas
07/10/2020
O argentino Javier Weber tem uma relação especial com o voleibol brasileiro. No Brasil, ele encerrou sua carreira como jogador e conquistou duas vezes a Superliga com a Ulbra (RS). Também foi no país que ele fez a transição para a carreira de treinador, liderou pela primeira vez uma equipe fora das quadras e venceu seu primeiro título como técnico com a Unisul (SC). Depois de comandar a seleção da Argentina e ter passagens marcantes pelo Bolívar (ARG), e também pelo voleibol russo e grego, o treinador aceitou o desafio de comandar um dos mais fortes elencos do Brasil.
Conversamos com Weber sobre sua relação com o voleibol brasileiro, títulos marcantes, o início do trabalho em Taubaté, Superliga Banco do Brasil, objetivos e o cenário do voleibol mundial.
Você foi campeão da Superliga como jogador e técnico. Quais lembranças mais marcantes você tem das temporadas pelo Ulbra e Unisul?
Foram momentos diferentes na minha carreira. As duas conquistas com a Ulbra como jogador foram incríveis sobretudo a primeira pois vencemos a competição no quinto jogo contra um time muito forte que era o Olympikus. O que mais me marcou na época da Ulbra foi o fato de sermos uma equipe. A Unisul também foi especial porque foi o meu segundo ano como treinador e tínhamos perdido no ano anterior para a Ulbra. Fizemos um playoff maravilhoso com jogadores como Milinkovic, Marcelinho, Dirceu, Badá e André Heller, que era o nosso capitão. Todos com muita experiência e na final não perdemos nenhum set. Foram duas fases fantásticas e diferentes.
Depois de uma era de muitas conquistas no Bolívar, da Argentina, você voltou ao Brasil para assumir o EMS Taubaté Funvic na Superliga Banco do Brasil. O que te motivou para esse retorno?
O Brasil é minha segunda casa. Aqui acabei minha carreira como jogador e comecei como técnico. Tenho um respeito e uma admiração muito grandes pelo voleibol brasileiro. Quando chegou a proposta do time de Taubaté, que luta para ser um dos melhores do mundo e tem um projeto ambicioso para estar entre os melhores por muitos anos, fui convencido no primeiro momento. O Renan Dal Zotto fez a proposta. Ele foi meu treinador no meu primeiro ano no Brasil, além de ter sido um mentor na minha transição para a carreira de técnico. Foi uma pessoa que acreditou em mim naquele momento e me deu todas as condições de retornar ao Brasil novamente. Estou muito feliz com essa oportunidade.
Como está sendo esse primeiro momento com o EMS Taubaté Funvic? O que podemos esperar do time na temporada?
O primeiro momento está sendo muito bom. O trabalho evoluiu bem. Começamos uma temporada complicada com a pandemia do Caronavírus onde os jogadores ficaram muito tempo parados. Os primeiros jogos do Paulista, o time jogou muito bem e ainda temos muito potencial para crescer. Os jogadores são ótimos e estamos formando um excelente time.
Qual a sua análise da Superliga Banco do Brasil como competição?
A competição está há muito tempo entre as melhores ligas do mundo. O Brasil tem uma situação diferente das outras ligas porque tem muitos jogadores de alto nível. O nível técnico da Superliga Banco do Brasil é muito alto. São muito jogadores com potencial e, em termos de estrutura, considero a liga brasileira entre as três melhores do mundo e com potencial para evoluir ainda mais.
Como você vê o cenário do voleibol mundial atual?
Vejo um panorama bem equilibrado. Hoje coloco o Brasil e a Polônia um pouco acima dos outros, mas com umas oito seleções também com um excelente nível e vejo muito equilíbrio. As forças estão bem mais equilibradas. Tanto Brasil como Polônia têm diferenciais que precisam ser confirmados. Não dá para falar que Rússia, Itália e Estados Unidos não são favoritos, por exemplo. A própria Argentina tem um alto nível. As seleções estão muito fortes, o nível parelho e será uma grande edição de Jogos Olímpicos.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro