Torneio ocorre na próxima semana e terá rígido protocolo de prevenção

09/09/2020

Torneio ocorre na próxima semana e terá rígido protocolo de prevenção
Talita em ação durante etapa do Circuito Brasileiro Open de vôlei de praia (Créditos: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 09.09.2020

Após meses de isolamento social por conta da pandemia da COVID-19, a primeira competição nacional de vôlei de praia está chegando. A etapa de abertura da temporada 2020/2021 do Circuito Brasileiro Open acontece a partir do dia 17 de setembro, no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), com diversas medidas de prevenção para oferecer segurança aos atletas e profissionais envolvidos na disputa. O torneio acontece em sistema de "bolha", sem a presença de público, mas com transmissão de todas as partidas.

O retorno do vôlei brasileiro foi organizado junto à Comissão Nacional Médica de Voleibol (Conmed) e Comissão de Atletas de vôlei de praia, que discutiram os protocolos necessários para reduzir ao máximo as chances de contágio da COVID-19 dentro da ‘bolha’ montada no CDV. O Dr. João Olyntho Machado Neto falou sobre as medidas, que incluem dois testes para detecção do vírus aos profissionais que estarão no torneio.

“Os participantes farão um teste RT-PCR e terão que apresentá-lo no período inferior a uma semana da competição. Na chegada ao CDV, todos serão submetidos a uma bateria de exames, com aferição de oximetria, temperatura, sintomas e a realização do segundo exame. Será um teste antígeno que detecta a proteína da COVID-19. É um teste relativamente rápido, leva cerca de 20 minutos para apresentar o resultado. Com o negativo, o indivíduo está apto, do ponto de vista médico, para a disputa da competição”, disse o Dr Olyntho.

Além dos testes para a entrada, diariamente será obrigatória a realização de uma checagem na tenda médica, com medição de temperatura e oximetria, percepção de odores e avaliação de qualquer possível sintoma. O centro contará com toda preparação necessária de limpeza e distanciamento social, com refeições em horários definidos para evitar aglomeração, uso obrigatório de máscara (com exceção das partidas) e número de profissionais controlado.

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Após ingressar para a disputa de torneio, o atleta só poderá deixar o local após sua eliminação ou ao final da competição, no domingo (20.09). Não será permitida a entrada e saída do local, como explicou o superintendente de vôlei de praia da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Virgílio Pires, que também destacou a separação por gêneros.

“Conseguimos fazer a hospedagem sem aglomeração, a alimentação com horários estabelecidos, apoio de fisioterapia e médicos, aquecimento, toda a competição em um só lugar, dentro do Centro de Desenvolvimento de Voleibol”, disse Virgílio que completou.

“Procuramos trabalhar com o máximo de prevenção. A ‘bolha’ criada pela NBA (National Basketball Association, principal liga de basquetebol norte-americana) foi uma inspiração, sim. Também diminuímos o número de participantes separando os naipes, realizando o torneio feminino em uma semana, e o masculino na seguinte. São menos pessoas ao mesmo tempo, isso tudo para termos um maior controle lá dentro”, completou Virgílio.

O torneio começa na quinta-feira, com a disputa do qualifying (classificatório), onde até 20 duplas disputarão as últimas quatro vagas na fase de grupos. No dia seguinte começa a fase principal, onde os 12 times já garantidos pela posição no ranking de entradas ou convite (wild card) e os quatro classificados pelo qualifying entram em ação. A fase de mata-mata ocorre no sábado, e as disputas de bronze e ouro no domingo. As partidas serão exibidas pelo Facebook da CBV, pelo site voleidepraiatv.cbv.com.br e pelo SporTV (semifinais e finais).

“É motivo de alegria poder voltar a jogar. Com exceção de alguns esportes como o futebol e a NBA, poucas modalidades estão com calendário ainda. Estamos tendo o privilégio de poder voltar a fazer o que a gente ama com todo suporte e preocupação que a CBV vem tendo. Ter o centro em Saquarema, neste modelo, será fundamental, é um grande diamante que tem que seguir sendo cuidado e lapidado”, disse a medalhista olímpica e campeã mundial Juliana durante a última edição do programa “Vôlei em Casa”.

O Dr. Olyntho também detalhou como será o procedimento para um indivíduo que, após entrar no CDV com os exames negativos, apresente sintomas durante a competição.

“No caso de um indivíduo apresentar algum sintoma dentro do CDV, ele será retirado do ambiente comum e colocado em um ambiente separado, foram destinados quartos isolados para este fim, iniciando um período de quarentena. Até que seja feito um teste que confirme ou descarte essa suspeita. Mas é pouco provável que alguém que tenha dois testes negativos apresente sintomas. Os procedimentos visam reduzir, claro que nada é 100% assertivo, mas o teste de antígenos é superior a 90%, o que é bem satisfatório”, destacou.

Outras mudanças também serão vistas em quadra. Não haverá protocolo de cumprimento de árbitros e atletas antes e após a partida. O próprio atleta pegará a bola para sacar em um carrinho. A dupla só poderá aquecer se for participar do próximo jogo, uma hora antes. A piscina e a academia do centro serão fechadas. Além disso, todos os atletas e demais profissionais receberam uma cartilha com todas as recomendações.

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