Seminário da CBV fala sobre impactos do isolamento social em praticantes do vôlei
02/09/2020
Do Rio de Janeiro (RJ) – 01.09.2020
Os impactos do isolamento social durante a pandemia da COVID-19 aos praticantes do voleibol foram debatidos na noite desta terça-feira (01.09), no 33° encontro da Academia do Voleibol. O projeto da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) foi iniciado em maio e visa difundir conhecimento com seminários virtuais e gratuitos, abordando diversos temas de estudo da modalidade durante a pandemia que paralisou as competições no país.
A palestra e a pesquisa foram apresentadas pelo professor gaúcho Hans Gert Rottmann, técnico nível III da CBV. Antes, porém, a entidade também prestou uma homenagem pelo Dia do Profissional de Educação Física. O presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Jorge Steinhilber, foi convidado a acompanhar o seminário e abriu a conversa.
“Realizar os eventos virtuais e reunir profissionais interessados no esporte neste momento de pandemia foi corajoso. Acredito que será imensamente produtiva a continuidade desse trabalho da CBV para dividirmos conhecimento com todos. O profissional precisa conhecer o voleibol, a técnica do voleibol, a ciência do voleibol. E precisa conhecer cada atleta, porque cada atleta é uma pessoa diferente. Esse é um dos grandes desafios da nossa ocupação. As pessoas são únicas”, destacou Steinhilber.
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Após as introduções, o professor Gert explicou o sistema da pesquisa criada durante a pandemia. Ele realizou contato com treinadores de diversas regiões do país buscando praticantes acima dos 18 anos, que não fossem atletas profissionais e que praticassem voleibol regularmente (no mínimo uma vez por semana). O questionário foi respondido de maneira virtual e contou com cerca de 1,3 mil participantes.
“Dentro do grupo pesquisado, 400 pessoas disseram que o vôlei foi a atividade que mais fez falta durante o isolamento social. E mais de 90% disseram que o vôlei foi uma das três atividades que mais fizeram falta. A ausência do vôlei impactou na saúde mental, física, socialização e por fim, performance”, disse Gert, que completou.
“Se temos tantos sentimentos e expectativas diferentes, temos que pensar sempre em trazer esses elementos diversos para a prática. Se o professor puder enxergar e procurar entender melhor cada indivíduo, com certeza vai alcançar objetivos. As respostas da pesquisa mostram quanto o voleibol é fundamental na vida de tantas pessoas, como ele é adorado. Dos entrevistados, 72,4% disseram que a ausência da prática da modalidade interferiu nos sentimentos de felicidade e realização”, disse.
O encontro desta noite foi mediado pelo presidente da Comissão Nacional de Treinadores (Conat), Carlos Rios, com participação da professora Márcia Albergaria, coordenadora da Universidade Corporativa. Carlos Rios enalteceu a iniciativa da Academia e a presença de diversos profissionais de educação física no dia que homenageia a categoria.
“Tentamos aproveitar a reclusão que o vírus impôs para apresentar mais de 70 grandes profissionais de todas as áreas que abrangem nosso grande voleibol. Muitos deles profissionais de educação física. Foram diversas linhas de pensamento para cada tema, não queríamos ficar com uma única verdade. É importante formar senso crítico para que os treinadores criem suas próprias linhas de pensamento. A professora Márcia sempre foi rigorosa na seleção de temas e estamos felizes com trabalho realizado até agora”, destacou.
Esse foi o 33º encontro da Academia do Voleibol, que realiza reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Comissão Nacional de Treinadores (Conat). O conteúdo fica disponibilizado no YouTube da CBV (youtube.com/voleibrasil1) e no Canal Vôlei Brasil (http://canalvoleibrasil.cbv.com.br).
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro