Paulo Coco analisa bom momento do Dentil/Praia Clube e fala da busca por títulos
19/02/2020
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) - 19.02.2020
Em seu quarto ano como comandante do Dentil/Praia Clube (MG), o treinador Paulo Coco levou a equipe de Uberlândia (MG) ao primeiro título da história do clube na Superliga na temporada 17/18. Ficou com o vice-campeonato na edição passada e, no momento, lidera a principal competição do calendário brasileiro.
A atual temporada começou positiva para o Dentil/Praia Clube com a conquista da Supercopa, do Campeonato Mineiro e com o vice-campeonato da Copa Brasil. Para Paulo Coco, esse foi apenas o início de um ano que ainda reserva o Sul-Americano de clubes, que acontece nesta semana, o returno e a fase final da Superliga Banco do Brasil.
Assistente técnico da seleção feminina desde 2003, Paulo Coco se prepara ainda para a disputa em Tóquio, sua quinta participação no maior evento do calendário esportivo.
Em entrevista exclusiva ao site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o treinador Paulo Coco conversou sobre a liderança da Superliga Banco do Brasil, o Sul-Americano de clubes, o projeto da equipe mineira, além de outros assuntos.
1) Você está na sua terceira temporada à frente do projeto do Dentil/Praia Clube. Quais foram os momentos mais especiais desse período?
Sem dúvidas o título da Superliga 17/18. Foi a afirmação de um grande projeto que vinha investindo há 10 anos nesse esporte. Conseguimos o título na décima temporada do projeto. O título aconteceu de uma forma especial. Tínhamos perdido o primeiro jogo no Rio contra o Sesc RJ e vencemos a competição em casa, ganhando quatro sets seguidos diante da nossa torcida. Essa vitória aconteceu contra uma equipe que é a referência em conquistas no voleibol brasileiro. Foi uma temporada de quebra da hegemonia de Osasco e Rio de Janeiro que vinham dominando esse cenário e um momento incrível.
2) Essa temporada a equipe já venceu Supercopa, Campeonato Mineiro e está na liderança isolada da Superliga. Como você analisa a temporada?
A temporada até o momento foi altamente positiva. Nós tivemos três derrotas no Brasil envolvendo Supercopa, Mineiro, Copa Brasil e Superliga. Perdemos a final da Copa Brasil e conquistamos o bicampeonato da Supercopa, voltamos a vencer Campeonato Mineiro e ainda conquistamos um torneio amistoso entre equipes do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. No Mundial de Clubes nossa participação foi regular. Com todas as dificuldades que tivemos com as lesões da Fernanda Garay e da Fawcett e a ausência da Martinez que disputou o Pré-Olímpico, conseguimos manter um bom rendimento, sempre brigando pelas primeiras posições. O mais importante é o crescimento da equipe na reta final da Superliga para chegarmos no playoff da melhor maneira possível.
3) Essa é uma semana importante com a disputa do Sul-Americano de Clubes e vocês vão jogar em casa. O time está pronto para esse momento? Qual a expectativa para essa competição?
Estamos com o foco total no Sul-Americano. É uma competição muito importante que batemos na trave por três vezes. Vamos buscar esse título e a vaga no Mundial. É uma competição de tiro curto, temos um adversário muito forte que conquistou os últimos dois sul-americanos, o Itambé/Minas. A equipe vem bem preparada e estamos nos ajustando. Melhoramos o nosso padrão de jogo depois da decisão da Copa Brasil. Estamos mais regulares e errando menos. A Fawcett tem se recuperado bem e nos ajustamos para chegar no momento decisivo da melhor forma possível. Temos que respeitar todos os adversários.
4) O que você espera do Dentil/Praia Clube até o final da temporada?
Espero que o Dentil/Praia Clube continue evoluindo e ganhando ritmo de jogo para sermos ainda mais competitivos, com menos falhas. Temos o objetivo de colocar todas as jogadoras em forma e recuperar as que passaram por problemas de lesão. Estamos nos ajustando pouco a pouco e queremos brigar pelo título de todas as competições. Ainda temos o Sul-Americano e a reta final da Superliga.
5) Como você vê o nível da Superliga?
A competição evolui a cada ano e o número de equipes na briga pelo título é cada vez maior. Vejo seis equipes que podem entrar nessa condição. Existe o outro patamar que é uma briga pelo playoff que também tem sido grande. Equipes lutando para se classificar entre os oito, além da briga pelo rebaixamento. As equipes de ponta não podem bobear, pois vemos resultados surpresas e isso mostra que o nível da competição está melhorando cada vez mais. Temos uma quantidade interessante de estrangeiras e isso demostra a força da Superliga. Ainda precisamos evoluir com a presença do desafio em todos os jogos, mas estamos caminhando para isso. Esperamos que surjam mais times e patrocinadores para a competição se tornar cada vez mais competitiva.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro