Quatro árbitros irão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio
10/02/2020
As estrelas que brilham nas quadras e areias são os nossos principais representantes nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas não únicos. Outros quatro brasileiros terão a missão de levar o nome do Brasil ao mais alto nível no principal evento do calendário esportivo em 2020. Paulo Turci, no voleibol de quadra, e Maria Amélia Villas-Boas, Mário Ferro e Elzir Martins de Oliveira, na praia, foram anunciados nesta segunda-feira (10.02) pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) como parte do quadro de árbitros em Tóquio-2020.
O orgulho é sentimento comum entre os brasileiros. Árbitra da FIVB por 35 anos, Maria Amélia Villas-Boas se sente honrada em ser mais uma vez chamada para uma edição de Jogos Olímpicos. Depois de atuar como árbitra em três edições de Jogos Olímpicos (Atlanta-1996, Pequim-2008 e Londres-2012), inclusive apitando as finais de Pequim e Londres, as únicas em que o Brasil não esteve presente, Maria Amélia desta vez estará em uma nova função.
“Encerrei a carreira após Londres e fui convidada pela FIVB para ser membro da Comissão de Arbitragem. Nas Olimpíadas do Rio, em 2016, fui convidada pela FIVB para trabalhar na função de Supervisora e também como Challenge Referee, mas decidi ajudar ao meu país e trabalhar pelo Comitê Olímpico como Referee Manager. Trabalhei também como Árbitro do Desafio”, relembrou Maria Amélia, que complementou:
“Agora fui convidada novamente para ser Supervisora em Tóquio. Estou muito feliz, pois esse convite demonstra que o meu trabalho como Supervisora nas diversas Etapas do Circuito Mundial está no caminho certo. Claro, sempre será uma honra representar o meu Brasil”, disse a brasileira.
Mário Ferro, que já apitou nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, está radiante em ter essa oportunidade mais uma vez.
“Estou muito feliz e orgulhoso por poder representar o Brasil mais uma vez. É o sonho de todo árbitro estar em um evento como esse. Sabemos como é difícil, uma longa jornada e aí você olha para trás e percebe que todo o sacrifício de estar longe das pessoas que você gosta, finais de semana, semanas e algumas vezes meses longe, tudo vale a pena quando você tem um sonho e principalmente quando ele se torna realidade”, afirmou Mário Ferro.
O árbitro ainda fez questão de dividir esse momento com outras pessoas. “Eu considero que essa não seja uma conquista individual, porque outras pessoas fizeram parte disso tudo. Colegas, amigos de arbitragem, coordenadores. Eles nos construíram e o resultado aparece”, concluiu Mário Ferro.
Depois de 30 anos atuando como árbitro, Elzir Martins de Oliveira é mais um satisfeito e pronto para encarar um grande e novo desafio – embora não seja exatamente uma novidade atuar na função de árbitro de vídeo, depois de ter estado, inclusive, em três edições do Campeonato Mundial nesta posição.
“Estou indo para a minha quarta Olimpíada. Em três eu fiz como árbitro em Sydney-2000, Atenas-2004 e Rio-2016, e dessa vez estou indo como responsável pelo Challenger e realmente é uma situação diferente, embora eu tenha já trabalhado no Rio nessa função. É diferente porque eu não estarei dentro das quadras, mas fora, participando do processo de decisão. Recebi essa convocação com muita satisfação por mais uma vez poder representar o meu pais na arbitragem, só que em uma função diferente da que desempenhei nas três últimas”, comentou Elzir, que detalhou mais sobre o trabalho nesta edição.
“É uma função técnica, que envolve uma série de questões, trabalho com a tecnologia, um processo de decisão um pouco mais complexo, porque o árbitro de vídeo só é utilizado naquelas situações onde há dúvidas ou discordância. A responsabilidade aumenta. Espero que não tenha que decidir uma medalha olímpica no Challenger, mas pode acontecer e temos que estar preparados para isso”, disse Elzir, que já esteve no Japão para o evento teste, e está entre os três profissionais escolhidos para atuar nesta função em Tóquio.
Único representante brasileiro na arbitragem do voleibol de quadra, Paulo Turci tem como objetivo representar bem o país e a arbitragem brasileira.
“Participar de uma competição mundial é sempre motivo de orgulho e satisfação. Significa representar o país e receber o reconhecimento do trabalho realizado. Participar dos Jogos Olímpicos, para um árbitro, é o momento mais gratificante da carreira. A maior competição esportiva do planeta. Pessoalmente, me sinto orgulhoso de representar o Brasil, pela segunda vez, e espero desempenhar da melhor maneira possível, para fortalecer ainda mais a arbitragem brasileira”, concluiu Turci.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro